Fabricantes da China vêm conquistando espaço no mercado brasileiro ao oferecer smartphones que reúnem recursos de última geração e faixas de preço frequentemente inferiores às praticadas por marcas tradicionais. O portfólio disponível abrange desde aparelhos de entrada, indicados a quem busca apenas as funções básicas, até plataformas premium com câmera reconhecida internacionalmente. A seguir, conheça oito modelos de celular chinês já disponíveis no varejo on-line nacional, cada um com perfil bem definido de público-alvo.
amazon.com.brA expansão dos celulares chineses no Brasil
Com dispositivos que combinam hardware atual, baterias generosas e preços competitivos, empresas como Xiaomi, Realme, Redmagic, Huawei e JOVI ampliaram o alcance de seus lançamentos nos grandes marketplaces brasileiros. Esse avanço ocorre porque, mesmo quando comparados a aparelhos de topo de linha de marcas tradicionais, muitos modelos chineses mantêm custo final inferior, sem sacrificar especificações como taxa de atualização de tela, capacidade de armazenamento ou velocidade de carregamento.
O cenário favorece consumidores que desejam alto desempenho em fotografia, games ou multitarefa, mas não pretendem desembolsar valores típicos de flagship ocidentais. Além disso, a variedade é grande: vão de telas LCD básicas a painéis LTPO AMOLED, de processadores de entrada a plataformas voltadas a jogos, sempre com diferentes tamanhos de bateria e conjuntos de câmera.
Critérios de seleção dos modelos listados
Os oito aparelhos destacados atendem a uma combinação de fatores técnicos e de popularidade obtidos nos próprios anúncios de venda. Entraram na lista itens que:
• ocupam boas posições em rankings de marketplaces;
• apresentam desempenho sólido em avaliações de benchmark de referência;
• registram elevado volume de vendas on-line;
• mantêm nota média superior a 4,5 estrelas nas avaliações de consumidores;
• pertencem a fabricantes com reputação satisfatória em sites de defesa do consumidor;
• estão, no momento, disponíveis para compra imediata no varejo digital brasileiro.
O que observar antes de comprar um celular
Definir o orçamento é o primeiro passo, já que o segmento de smartphones chineses cobre preços que vão de menos de R$ 1.000 até quase R$ 10.000. Depois, vale checar:
Tela – resoluções que variam de HD+ a 1.5K e taxas de 60 Hz a 144 Hz influenciam nitidez e fluidez.
Câmera – sensores entre 8 MP e 50 MP, além de tecnologias de IA, impactam fotos e vídeos.
Bateria – capacidades de 5.160 mAh a 7.000 mAh, com carregamento de até 120 W, definem autonomia.
Construção – materiais, certificações IP e sistemas de refrigeração reforçam durabilidade.
Desempenho – processadores Helio, Snapdragon ou Dimensity, apoiados por 8 GB a 16 GB de RAM, determinam velocidade em apps e jogos.
Armazenamento – opções de 256 GB a 512 GB acomodam diferentes volumes de arquivos e aplicativos.
Xiaomi POCO C85: entrada com foco em economia
O POCO C85 oferece tela IPS LCD de 6,9 polegadas com taxa de 120 Hz, característica pouco comum na categoria de baixo custo. O processador MediaTek Helio G81 Ultra, aliado a 8 GB de RAM e 256 GB de espaço interno, atende tarefas do cotidiano como navegação e redes sociais. A bateria de 6.000 mAh promete ampla autonomia, e o conjunto triplo de câmeras, liderado por sensor de 50 MP, cobre registros fotográficos básicos. Pode ser encontrado a partir de R$ 904 e registra 4,9 de 5 estrelas nas avaliações, embora alguns usuários mencionem travamentos pontuais.
Pontos fortes: ficha equilibrada, bateria grande e preço baixo.
Ponto de atenção: relatos de congelamentos inesperados.
Xiaomi POCO C75: design diferenciado e tela de 120 Hz
Também destinado a quem prioriza custo-benefício, o POCO C75 inclui display HD+ de 6,88 polegadas, mantendo a mesma taxa de atualização de 120 Hz do irmão C85. Equipado novamente com o Helio G81 Ultra, 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento, o modelo traz câmera traseira dupla de 50 MP + 2 MP e frontal de 13 MP. A bateria de 5.160 mAh cobre um dia típico de uso, e o aparelho é vendido a partir de R$ 1.529. Até o momento, conta com nota máxima, ainda que baseado em apenas quatro avaliações.
Pontos fortes: câmera frontal de 13 MP e tela de alta taxa de atualização.
Ponto de atenção: ausência de conectividade 5G.
Xiaomi 14T: intermediário avançado com câmera Leica
Posicionado entre os intermediários premium, o Xiaomi 14T combina 12 GB de RAM com o processador Snapdragon 8 Elite (3 nm). O painel CrystalRes AMOLED de 6,36 polegadas apresenta resolução 1.5K e suporte a HDR10+, Pro HDR e Dolby Vision. No módulo fotográfico, três sensores traseiros de 50 MP + 50 MP + 12 MP entregam versatilidade, enquanto a câmera de 32 MP atende selfies de alta definição. A bateria de 5.000 mAh recebe críticas pontuais quanto à duração, mas o conjunto geral soma 4,7 estrelas em avaliações. O preço parte de R$ 3.249.
Pontos fortes: conjunto fotográfico de qualidade e chip de alto desempenho.
Ponto de atenção: autonomia da bateria pode não satisfazer usuários intensivos.
JOVI V50: câmeras ZEISS e certificação IP69
O V50 aposta em fotografia profissional, trazendo dois sensores traseiros de 50 MP e uma frontal também de 50 MP, calibrados em parceria com a ZEISS. Com 12 GB de RAM, processador Snapdragon 7 Gen 3 de até 2,63 GHz e 512 GB de armazenamento, o aparelho equilibra desempenho e espaço interno. A bateria de 6.000 mAh suporta carregamento rápido de 90 W, enquanto a certificação IP69 garante resistência elevada contra água e poeira. Anunciado a partir de R$ 3.533, ostenta média de 5 estrelas em 20 avaliações.
Imagem: câmeras profissiais
Pontos fortes: câmeras elogiadas, ampla memória RAM e proteção robusta.
Ponto de atenção: nenhum destaque negativo relevante nos comentários disponíveis.
Realme GT 7: bateria Titan de 7.000 mAh e carregamento de 120 W
Pensado para consumidores que não abrem mão de autonomia, o Realme GT 7 apresenta bateria de 7.000 mAh e carregador de 120 W, capaz de alcançar 100 % em cerca de 40 minutos. O painel LTPO AMOLED de 6,78 polegadas traz brilho de até 6.000 nits e taxa de 120 Hz. No interior, o chip Dimensity 9400e atua em conjunto com 512 GB de armazenamento, assegurando fluidez em jogos e apps pesados. Avaliações destacam câmeras e bateria, mas apontam ativação automática de recursos de IA nas fotografias. O preço inicia em R$ 4.049.
Pontos fortes: bateria de longa duração, recarga ultrarrápida e resfriamento IceSense Graphene.
Ponto de atenção: ajustes de IA em fotos podem incomodar quem prefere imagens sem pós-processamento agressivo.
Redmagic 10 Air: taxa de 144 Hz para jogadores
Voltado ao público gamer, o Redmagic 10 Air incorpora tela AMOLED Full HD+ de 6,8 polegadas com 144 Hz e amostragem de toque de 960 Hz, garantindo resposta quase instantânea. O Snapdragon 8 Gen 3 é auxiliado pelos recursos proprietários Red Core 3 e Energy Cube, que refinam feedback tátil e consumo energético. Para evitar quedas de desempenho, o sistema de refrigeração ICE-X atua durante sessões prolongadas. A bateria de 6.000 mAh aceita carregamento de 100 W, mas alguns usuários relatam rendimento abaixo do esperado. Disponível a partir de R$ 4.139, soma 4,8 estrelas.
Pontos fortes: tela rápida, softwares voltados a jogos e resfriamento dedicado.
Ponto de atenção: autonomia de bateria pode não acompanhar o hardware exigente.
Redmagic 10 Pro: performance gamer de topo de linha
Versão premium da linha orientada a jogos, o Redmagic 10 Pro traz processador Snapdragon 8 Elite, 12 GB de RAM e armazenamento UFS 4.1, combinação que favorece carregamento rápido de aplicativos e transições suaves. A tela AMOLED FHD+ de 6,8 polegadas mantém 144 Hz, e a taxa de amostragem de 960 Hz reforça a precisão em controles sensíveis ao toque. O conjunto triplo de câmeras (50 MP + 50 MP + 2 MP) cobre fotos básicas, e a frontal de 16 MP atende transmissões ao vivo. Preço inicial de R$ 6.200 e média de 4,9 estrelas indicam boa recepção, embora haja relatos de aquecimento durante uso intenso.
Pontos fortes: desempenho de ponta e design voltado à estética gamer.
Ponto de atenção: sistema de arrefecimento pode não eliminar totalmente o calor em tarefas muito exigentes.
Huawei Pura 80 Ultra: câmera reconhecida como a melhor do mercado
Destinado a usuários que priorizam fotografia e performance máxima, o Huawei Pura 80 Ultra apresenta sensor principal de 1 polegada com tecnologia Ultra-Iluminação HDR, capaz de reter detalhes em cenas muito claras ou escuras. A lente teleobjetiva oferece zoom óptico de 3,7x e 9,4x, e o modelo foi classificado no topo do ranking do site especializado DXOMARK. No hardware, entrega 16 GB de RAM, processador Kirin 9020 de até 2,5 GHz e bateria de 5.700 mAh com carregamento de 100 W (com fio) e 80 W (sem fio). É comercializado a partir de R$ 9.999 e possui três avaliações, todas com nota máxima.
Pontos fortes: conjunto fotográfico líder de mercado, tela OLED de 120 Hz e recarga ultrarrápida.
Ponto de atenção: preço elevado restringe o público.
Comparativo rápido: qual atende melhor cada perfil
• Entrada econômica: Xiaomi POCO C85 é a alternativa mais acessível, sem abdicar de taxa de 120 Hz e bateria de 6.000 mAh.
• Design diferenciado: Xiaomi POCO C75 entrega visual distinto com tela igualmente fluida.
• Intermediário custo-benefício: Xiaomi 14T equilibra câmera Leica e processador topo de linha por menos de R$ 3,5 mil.
• Fotografia avançada sem chegar ao topo de preço: JOVI V50 oferece câmeras ZEISS, 12 GB de RAM e IP69.
• Autonomia prolongada: Realme GT 7 exibe bateria de 7.000 mAh e recarga a 120 W.
• Gamer acessível: Redmagic 10 Air combina painel de 144 Hz e Snapdragon 8 Gen 3 por pouco mais de R$ 4 mil.
• Gamer premium: Redmagic 10 Pro adiciona memória rápida e design exclusivo.
• Melhor câmera absoluta: Huawei Pura 80 Ultra lidera em fotografia, mas exige maior investimento.
A diversidade de configurações mostra que o ecossistema chinês já cobre praticamente todas as faixas de interesse do consumidor brasileiro, desde quem procura apenas um aparelho funcional de baixo custo até entusiastas de imagem ou jogadores competitivos que exigem desempenho máximo.
Paulistano apaixonado por tecnologia e videojogos desde criança.
Transformei essa paixão em análises críticas e narrativas envolventes que exploram cada universo virtual.
No blog CELULAR NA MÃO, partilho críticas, guias e curiosidades, celebrando a comunidade gamer e tudo o que torna o mundo dos jogos e tecnologia tão fascinante.
